CRIATIVIDADE NO MARKETING XLIII
CAMPANHA INTELIGENTE NO CHILE
PROPAGANDAS INTELIGENTES XLIII (CAMPANHA INTELIGENTE NO CHILE)
English See the video:
"I did not use safety belt"... http://www.youtube.com/watch?v=-0MgHoRN9rU
Campanha convincente e inteligente para o uso de cinto de segurança no Chile.
Veja o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=-0MgHoRN9rU
(Colaboração: Tadeu - Curitiba)
Carabinero de Chile - http://www.carabineros.cl/
PROFESSOR X
O ENSINO QUE VEM DO BERÇO
O Estadão (http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20081030/not_imp269285,0.php) traz um estudo sugerindo que o ambiente familiar é responsável por 70% do desempenho escolar de um estudante, enquanto o contexto escolar influencia apenas 30%. A pesquisa, realizada pela Fundação Itaú Social, mostra que na equação para uma boa formação entram fatores como escolaridade dos pais, renda familiar, tipo de moradia e acesso a bens culturais. O estudo surpreende, pois sugere que melhorias no ambiente escolar - como educação pré-escolar, qualificação dos professores e uso do computador em sala de aula - têm impacto relativamente pequeno na formação dos alunos. A pesquisa deixa claro que, para melhorar a educação no Brasil, as políticas públicas devem promover uma integração maior entre o ambiente familiar e escolar, mas a influência aparentemen te pequena da própria escola na educação não pode ser vista como uma licença para o sucateamento ainda maior das instituições.
Fonte: O Filtro (www.ofiltro.com.br) - 30/10/08.
O PAPEL DA ESCOLA NO COMBATE À CORRUPÇÃO
O ensino no Brasil é sabidamente ruim, para não dizer péssimo. Comparação recente mostra que os melhores alunos brasileiros ficam nas últimas colocações internacionais. Uma educação que não permite atingir boas médias nesse tipo de disputa é arcaica, porque inviabiliza a inserção no mundo atual, altamente competitivo e globalizado. Isso obviamente significa a necessidade de aprimorar a formação de professores e alunos.
A reflexão sobre a educação nacional, contudo, precisa levar em conta que o Brasil está entre os países mais corruptos. Em outras palavras, precisamos dar ênfase tanto ao ensino competente das matérias quanto à formação de cidadãos capazes de respeitar a lei. Se a educação não focalizar o vício nacional da corrupção, em busca de sua superação, deixará de cumprir o seu papel. Porque não estará se empenhando em formar brasileiros contrários ao crime. Num país em que a lei é tradicionalmente desrespeitada, é fundamental ensinar o respeito a ela. Porque só a lei desautoriza os abusos e só ela torna a punição legítima, evitando a justiça que o homem faz com as próprias mãos.
A escola deve se ocupar da formação do cidadão. Mas a educação cívica brasileira não pode ter como modelo a de países cujos problemas não são os mesmos que os nossos. Não basta transmitir os fundamentos da República – temos de levar em conta a nossa formação histórica, ensinando, por exemplo, as crianças a diferenciar o poder, que não aceita limite, da autoridade, que não se concebe sem o limite. Temos de ensiná-las a discernir amizade de cumplicidade. Ou seja, a diferenciar o amigo – que é de paz e tem pelo outro um amor independente do interesse – do cúmplice, que só se liga por interesse.
A escola precisa educar transmitindo valores. Isso não significa, porém, que a atividade docente deva ser politicamente engajada. Ela necessita reger-se, antes de mais nada, pelo princípio da neutralidade política. Fazer das aulas um lugar de doutrinação é um equívoco, como dizia a filósofa alemã Hannah Arendt. Porque a doutrinação é contrária ao desenvolvimento do espírito crítico, que a boa educação também requer.
Betty Milan - Fonte: Veja - Edição 2084.
PROFESSORA PASQUALINA
LIVROS PARA SE LER (BAIXAR DA INTERNET)
Título: Don Quixote. Vol. 1
Autor: Miguel de Cervantes Saavedra
Categoria: Literatura
Idioma: Português
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=17707
(Colaboração: A.M.B.)
NOVA REGRA DE ORTOGRAFIA CONFUNDE ATÉ DICIONÁRIOS
Faltando apenas dois meses para que as novas regras ortográficas entrem em vigor no Brasil, nem mesmo os especialistas em língua portuguesa conseguem chegar a um consenso sobre como determinadas palavras serão escritas a partir de 1º de janeiro de 2009.
As divergências aparecem nos dicionários "Houaiss" (ed. Objetiva) e "Aurélio" (ed. Positivo), nas recém-lançadas versões de bolso, que já contemplam as mudanças ortográficas. O "pára-raios" de hoje, por exemplo, virou "para-raios" no primeiro e "pararraios" no segundo.
A lista de diferenças continua. A versão mini do "Houaiss" grafa "sub-reptício" e "para-lama". Em outra direção, o novo "Aurélio" traz "subreptício" e "paralama".
Prevendo o impasse, antes mesmo do lançamento dos dicionários, a ABL (Academia Brasileira de Letras) tomou para si a difícil missão de dirimir essas e outras dúvidas. A palavra final da entidade deverá sair apenas em fevereiro, quando as novas regras ortográficas já estiverem valendo.
Confusões
O acordo internacional, assinado em 1990, foi concebido para unificar e simplificar a grafia da língua portuguesa. Certos acentos serão derrubados ("enjoo" e "epopeia"), e o trema será praticamente extinto -só permanecerá em palavras estrangeiras (como "Müller" e "mülleriano").
O que tem sido motivo de apreensão é o hífen.
O acordo está cheio de regras novas -certas palavras perderão o hífen (como "antissocial" e "contrarregra") e outras ganharão ("micro-ondas" e "anti-inflamatório")-, mas deixa buracos.
O texto diz que devem ser aglutinadas, sem hífen, as palavras compostas quando "se perdeu, em certa medida, a noção de composição". E lista meia dúzia de exemplos: "girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.".
"O problema está justamente no "etc.". Como sabemos que as pessoas perderam a noção de composição de uma palavra? É algo subjetivo", afirma o professor e autor de gramática Francisco Marto de Moura.
Na dúvida, os elaboradores dos dois dicionários consultaram especialistas e chegaram às suas próprias conclusões.
O "Houaiss", por exemplo, achou mais seguro ignorar o "etc." e decidiu que só seriam aglutinadas as seis palavras da lista de exemplos.
"Com essas mudanças, os dicionários precisam sair na frente, já que são as obras às quais todos vão recorrer. Precisam dar soluções. Diante das lacunas, tivemos de inferir", afirma Mauro Villar, co-autor do "Houaiss".
O acordo diz que perdem o acento os ditongos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "idéia" e "jibóia". No entanto, existe hoje uma regra que determina que paroxítonas terminadas com "r" tenham acento. O que fazer com "destróier", que se encaixa nas duas regras?
O texto tampouco faz referência ao uso ou à ausência do hífen em formações como "zunzunzum", "zás-trás" e "blablablá".
Pontos obscuros
No início do ano, quando aumentaram os rumores de que as mudanças ortográficas acordadas em 1990 finalmente seriam tiradas da gaveta, a Academia Brasileira de Letras começou a se debruçar sobre os pontos obscuros. Seis lexicógrafos e três acadêmicos têm essa missão.
"Estamos tentando resolver os problemas de esquecimento e esclarecer os pontos obscuros. As interpretações serão feitas com o objetivo de facilitar a vida do homem comum", diz Evanildo Bechara, gramático e ocupante da cadeira 33 da ABL.
As decisões da comissão da ABL estarão no "Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa", a lista oficial da correta grafia das palavras.
O término da obra estava previsto para novembro. Por causa do excesso de dúvidas, o lançamento acabou sendo adiado para fevereiro.
Uma vez pronto o "Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa", os dicionários de bolso que já incorporaram o acordo ortográfico internacional precisarão ser mais uma vez reeditados, dessa vez com as mudanças definitivas. É por isso que as versões completas do "Houaiss" e do "Aurélio" ainda não foram lançadas.
As novas regras ortográficas começam a ser aplicadas em janeiro de 2009, mas as atuais continuarão sendo aceitas até dezembro de 2012.
A partir de janeiro de 2013, serão corretas apenas as novas grafias.
Ricardo Westin - Fonte: Folha de S.Paulo - 27/10/08.
GRAMÁTICA - "MESMO"
"Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar." A frase é bem conhecida dos usuários de elevadores -pelo menos, daqueles que vivem na cidade de São Paulo, onde ela integra o texto da lei número 12.722, de 4 de setembro de 1998.
Muito bem. A frase, que freqüentemente tem sido lembrada como um mau exemplo do uso do pronome "mesmo", enseja uma revisão sobre o emprego desse demonstrativo, que, é bom que se diga, não deve ser usado no lugar dos pronomes pessoais.
É esse, aliás, o defeito principal dessa frase (que tem outros problemas que não cabe aqui comentar) e de uma quantidade de construções frasais típicas de boletins de ocorrência policial, nos quais esse uso parece ter-se tornado uma verdadeira "ferramenta de estilo". Quem não identifica logo a escrita dos relatórios policiais às construções do tipo "O acusado declarou não ter estado naquele local na hora do crime. "O mesmo" disse ainda que nunca estivera naquele local"?
Vamos entender o motivo de esse uso ser inadequado. O pronome "mesmo" tem origem em dois termos latinos, "ipse" e "idem", que orientam dois diferentes usos do pronome em português. Com o valor de "idem", que quer dizer "o mesmo", denota identidade e emprega-se ao lado de substantivos antepostos por artigos ou outros demonstrativos ("Fez as mesmas observações", "Dirigiu-se àquele mesmo rapaz"); com o valor de "ipse", que quer dizer "ele mesmo", emprega-se ao lado de substantivos ou de pronomes pessoais e significa "próprio", "em pessoa" ("Ele mesmo deu o recado").
Esses são os empregos tradicionais do pronome, que, entretanto, aparece em outras situações. Pode ser usado com valor de substantivo no sentido de "coisa semelhante" ("Na semana passada, choveu torrencialmente. Dizem que "o mesmo" ocorrerá nos próximos dias").
Note-se que "o mesmo" quer dizer "a mesma coisa", não "ele". Rigorosamente, portanto, ao dizermos "Verifique se o mesmo encontra-se..." (sic), estamos dizendo "Verifique se a mesma coisa se encontra...", o que não parece ser a idéia de quem formulou a frase.
Como advérbio, portanto como palavra invariável quanto ao gênero e ao número, é empregado para realçar verbos e advérbios, ao quais acrescenta um reforço semântico. Assim: "Ela escreveu mesmo ("de fato") aquilo?", "A reunião vai ser lá mesmo ("de fato")?". A essa idéia pode associar-se a de dúvida. Numa construção como "Ganhou na loteria? Mesmo?", a interrogativa "Mesmo?" sugere descrença e surpresa.
Na condição de palavra denotadora de limite, "mesmo" tem o valor aproximado de "até". Numa construção como "Mesmo as pessoas amigas duvidaram dele", provavelmente derivada de "Até mesmo as pessoas amigas duvidaram dele", o pronome que atuava como realce da preposição "até" passou a substituí-la, assumindo o seu valor semântico.
Na locução conjuntiva "mesmo que", exprime a idéia de concessão, ou seja, de aceitação de uma situação oposta. Assim: "Mesmo que você não me queira ouvir, vou dizer o que acho".
Palavra de uso constante na língua, "mesmo" admite o superlativo ("mesmíssimo") e deu origem ao substantivo "mesmice", um sinônimo um tanto pejorativo de "marasmo" ou "ausência de mudança".
Thaís Nicoleti de Camargo, consultora de língua portuguesa do Grupo Folha-UOL, é autora dos volumes "Redação Linha a Linha" (Publifolha), "Uso da Vírgula" (Manole) e "Manual Graciliano Ramos de Uso do Português" (Secom-AL). Fonte: Folha de S.Paulo - 28/10/08.
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