PENSANDO EM INOVAÇÃO
MOUSELESS
English:
http://www.pranavmistry.com/projects/mouseless/
Parece uma piada, mas não é. O “Mouse Invisível” existe e foi desenvolvido por Pranav Mistry, um pesquisador do Fluid Interfaces Groups, do laboratório de pesquisas do MIT, em seu curso de doutorado no Instituto. Basicamente, ele funciona pela captação de movimentos por um sensor infravermelho.
Mistry já havia criado um conceito parecido, mas ele necessitava que o usuário vestisse uma luva para que os movimentos fossem captados.
Agora, com a ajuda do infravermelho, tudo ficou mais fácil. Através de um feixe deste raio, posicionado estrategicamente em cima da mesa, faz com que se crie sobre a superfície uma área dominada. Se nós enxergássemos este raio, veríamos que ele formaria uma meia circunferência ao lado do computador.
Quando o usuário posiciona a mão dentro deste campo controlado, e o software no computador percebe algum movimento previamente programado, ele o registra e faz o que foi lhe proposto fazer, sendo isso um clique ou uma simples movimentação do cursor.
O Mouseless é provido de um conceito simples, mas que deve fazer com que Mistry consiga o diploma de graduação no MIT. O mais impressionante de tudo é que ele conseguiu montar isso tudo usando menos de 20 dólares!
Fonte: http://www.mundotecno.info/.
Mais detalhes/vídeo:
http://www.pranavmistry.com/projects/mouseless/
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ÁFRICA DO SUL X BRASIL
África do Sul e Brasil têm tudo a ver: violência, trânsito caótico, assaltos, inverno e simpática população. Mas, nos estádios da África do Sul, como vemos em todos os jogos, em todas as torcidas, pode-se beber e muito. O Brasil precisa liberar esse prazer e alegria. Bêbado, ao volante e matando, era o motorista da neta do Mandela!
Paulo Navarro (http://www.pnc.com.br/) - Fonte: O Tempo – 25/06/10.
MARKETING DE RISCO É DESTAQUE NA COPA
Empresas lançam promoções condicionadas a resultados no Mundial em que oferecem até a devolução do dinheiro.
Para professor, tática, além de evolução do marketing esportivo, é forma de sobreviver em ambiente competitivo.
A vedete do marketing na Copa do Mundo de 2010 é a promoção de risco. As empresas abrem mão de parte do faturamento ao oferecer produtos e até o dinheiro de volta, dependendo dos resultados do torneio.
A fabricante holandesa de navegadores GPS TomTom, por exemplo, promete devolver o dinheiro da compra de um modelo de aparelho -R$ 799- caso o Brasil conquiste o hexacampeonato.
Têm ainda motivos para torcer pela seleção os assinantes do Infinity, plano pré-pago de celular da operadora TIM. A promoção em que o usuário paga R$ 0,25 por ligação será prorrogada até 2014 se o Brasil for campeão na África do Sul.
Para Robert Alvarez, professor do Núcleo de Estudos e Negócios do Esporte da ESPM, em São Paulo, essas campanhas são reflexo não só da evolução do marketing esportivo mas da necessidade de inovação das empresas em ambiente competitivo.
Ele diz que o objetivo das companhias é passar para o público a mensagem de que compartilham os mesmos valores e de que torcem juntos.
IDEIAS PELO MUNDO
Esse tipo de promoção também ocorre no exterior. A fabricante de GPS TomTom, por exemplo, lançou a campanha em que promete a devolução do dinheiro em outros oito países.
Na Irlanda, a rede de pizzarias Pizza Hut aproveitou a revolta dos torcedores com a não classificação de seu país para o torneio.
A cada gol que a França levar na Copa seria oferecida uma pizza para cada uma das primeiras 350 pessoas que acessarem o Facebook da empresa.
A seleção irlandesa ficou fora do Mundial após sofrer um gol, nas eliminatórias, que começou com um toque de mão do atacante francês Thierry Henry.
Já a fabricante de eletroeletrônicos Toshiba usou o descrédito dos ingleses na vitória de sua seleção para desafiar: compre uma TV ou um laptop e, se a Inglaterra trouxer a taça para casa, devolvemos seu dinheiro.
"Eu sou a favor de ideias que possam provocar o público e os clientes, desde que seja planejado o risco financeiro", afirma Jony Lan, consultor em estratégia, marketing e novos negócios.
Alvarez não tem dúvidas de que existe a possibilidade de perda financeira em campanhas de risco, mas acredita que está devidamente mensurada.
"As empresas não são inocentes a esse ponto."
ZEBRA
A primeira "zebra" deste mundial renderá um prejuízo estimado em 10 milhões de francos suíços (mais de R$ 16 milhões) à rede de supermercados Migros, da Suíça.
A promoção "Vitória da Suíça, 10% para você" prometia desconto nas compras caso a seleção do país derrotasse um das favoritas ao título, a Espanha. Os suíços ganharam de 1 a 0.
Há também casos não relacionados ao torneio. Em 2008, a fabricante do refrigerante Dr Pepper prometeu uma lata da bebida para cada americano se a banda Guns N'Roses lançasse o álbum "Chinese Democracy" até o fim daquele ano, após 17 anos de espera.
O disco saiu e a companhia cumpriu a promessa: distribuiu milhões de latas às pessoas que assinaram um cadastro em seu site.
Outro exemplo em que o cliente saiu favorecido é o da Taco Bell, rede de fast food americana que aproveitou o World Series, série de sete jogos que decide o campeão de beisebol no país, e lançou a promoção "Steal a base, steal a taco" (Roube uma base, roube um taco), em 2007.
Lanches grátis seriam distribuídos quando algum atleta de um dos times -Boston Red Sox ou Colorado Rockies- conseguisse "roubar a base" pela primeira vez no torneio. A jogada havia acontecido pelo menos uma vez em cada uma das séries desde 1990.
Em 2007, a base foi roubada no segundo jogo por um jogador do Boston Red Sox. No ano seguinte, quando a promoção foi repetida, a jogada ocorreu ainda mais rápido: no primeiro jogo.
Grazielle Schneider - Fonte: Folha de S.Paulo - 18/06/10.
A COPA E O TEMPO
As ruas estão enfeitadas de verde e amarelo: é a Copa do Mundo, mais uma. Competição e patriotismo à parte, cada Copa serve de referência, de baliza temporal para medir os anos que passam. Valem mais do que o simples Réveillon que comemoramos anualmente: afinal, o tempo ganhou uma dimensão nova e o espaço de 12 meses é curto para as grandes perspectivas interiores.
Quatro anos não é muito nem pouco: é bastante. Chegará o dia em que mediremos nossa verdadeira idade interior pelas Copas e não pelos anos. Aliás, na Antiguidade media-se o tempo histórico pelas Olimpíadas.
E independente do resultado de cada torneio mundial, fica o espanto pelo tempo que foi passando. Custo a absorver os 60 anos que me separam da Copa de 1950, aqui mesmo no Rio, a primeira depois do intervalo provocado pela Segunda Guerra Mundial.
Evidente que tudo era estranho: Getúlio ainda não se suicidara, ninguém conhecia JK, Pelé era um menino de várzea, a Lua, inatingível, o Brasil não sabia fabricar uma tesourinha de unha. No plano particular, algumas mulheres que amei nem tinham nascido ainda.
Os livros que escrevi não estavam sequer na cabeça. Enfim, se um terremoto matasse os 200 mil torcedores que se espremiam no Maracanã naquele Brasil x Uruguai de 1950, eu simplesmente não teria sido eu.
Não é o caso de perguntar se valeu a pena esta sobrevida de 60 anos. No plano estritamente esportivo, evidente que valeu: não vi o Brasil campeão em 1950, mas desforrei a frustração em 58, 62, 70, 94 e 2002.
No campo geral da vida, desaprendi algumas coisas e aprendi outras, não necessariamente melhores. Casei, descasei, tive filhos, escrevi livros, fui preso, desci aos infernos e não subi aos céus.
Cada Copa me traz, assim, um referencial completo, inadiável, de minha passagem pela vida e pelo mundo -e já não ouso invocar aquela piedosa imagem da oração católica que chamou esta vida e o mundo de "vale de lágrimas".
Não, não houve tantas lágrimas assim. As últimas, em certo sentido, foram deixadas no próprio Maracanã, quando acabou o jogo e a multidão, atônita, sentiu que o sonho acabara.
Anos depois, um cara de Liverpool que se julgava mais importante do que Jesus Cristo, também proclamou que o sonho acabara. Bolas, o sonho não acaba: afinal, cada despertar é o noviciado para novo sonho e assim vamos, de sonho em sonho, de Copa em Copa, levando o barco para frente.
De qualquer forma, é confortador que em 1982, na Copa da Espanha, eu estava de malas prontas para as férias de Positano, que Mila -minha setter de olhos cor de mel- acabara de chegar em minha vida.
Bom lembrar que em 1970 eu iniciava um tumultuado período de vida. Enfim, cada Copa, como cada dia, segundo as escrituras, tinha a sua malícia: "Sufficit diei malitia sua" (a cada dia bastam as suas preocupações). Imagino quantas Copas ainda terei pela frente. Duas, três, quatro? Talvez nenhuma. Bem, o problema, de tão meu, não chega a ser meu: é do destino.
E aí está o que desejava dizer desde o início da crônica: cada Copa é um encontro com o destino, não apenas no estádio, mas no campo minado de incertezas de cada mente, de cada coração.
A cada Copa ela se torna mais presente na vida de todos, nos becos e nas ruas, asfalto e favela reagem do mesmo jeito, até o mercado aquece, vende-se mais, bebe-se mais. Mesmo comparando a de 1950, que foi no Brasil, com o Maracanã novinho, não havia tanto comprometimento social, mercadológico e sentimental como hoje.
O simples futebol é um pretexto temporal e factual para um encontro, breve, mas profundo, com os outros e até conosco. De repente nos descobrimos autênticos, sofrendo ou gozando por nada mesmo, por um sentimento geral que desperta em cada um de nós um estágio de pureza infantil, egoísta e coletiva ao mesmo tempo.
Evidente que a esperança (ou a confiança) no resultado final é o reagente químico para um tipo de festa que nem sempre acontece. Não importa. Cada Copa funciona como um tranco dentro de nós mesmos e, por mais paradoxal que seja, uma pausa na verdadeira Copa da vida onde sempre perdemos.
Carlos Heitor Cony (http://www.carlosheitorcony.com.br/) - Fonte: Folha de S.Paulo - 18/06/10.
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