FALANDO EM DESIGN
DESIGN DAYS DUBAI 2013 – DESIGN NO DESERTO
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Designdaysdubai.ae/exhibitors
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Dubai não é feita só de fontes dançantes e interiores exuberantes; é um exercício pelo convívio
A Design Days Dubai, feira de design do Oriente Médio e Sul da Ásia, foi realizada nesta última semana, simultaneamente à Arte Dubai e à Bienal de Arte de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos.
A segunda edição da feira de desenho contou com cerca de 30 galerias de diferentes países, que disputaram o ouro de colecionadores, xeques e princesas.
Participei para expor uma peça de minha autoria e fui carregando um certo preconceito arrogante, típico de arquiteto brasileiro, baseado em clichês. Mas descobri que Dubai não é feita só de torres espelhadas, fontes dançantes e interiores exuberantes.
A feira de design reflete muito mais que um imenso gosto pelo novo (muito parecido com o do brasileiro). É um exercício pelo convívio de culturas diferentes.
Estudantes de toda a região, muitos com as típicas túnicas, se misturavam com pessoas de todas as cores e credos. Dubai abrange o design como pensamento, aproximando o tema das pessoas comuns.
Selecionei três destaques do evento que abordaram temas como processo de design, técnicas artesanais e sustentabilidade.
1. MÓVEIS PERFORMANCE STUDIO SWINE, Galeria Coletivo Amor de Madre, São Paulo. Cada dia da feira os artistas fizeram, na frente dos visitantes, um novo produto -como um banco e uma mesa de concreto com blocos de mármore, e uma poltrona de pele de camelo e vigas metálicas. As peças foram feitas com lixo de obra coletado em Dubai.
2. PERFORMANCE "ILLUSION PEARL", de KhalidShafar, Galeria Carwan, Beirute. A indústria da pérola é uma atividade tradicional nos Emirados Árabes. Em sua performance, o designer mostra o ritual do manejo de ostras vivas e induz a produção de pérolas falsas, que deram origem a uma cadeira.
3. DDD LAB, Jens Praet, Galeria Industry, Washington. O designer lançou sua nova coleção de móveis, feitos a partir de revistas e documentos antigos árabes picados, e instigou a reflexão sobre o descarte e os novos ciclos de vida dos objetos. Em um workshop, Praet ensinou sua técnica aos presentes, mostrando que o bom design deve, sim, ser compartilhado.
Ciberarquiteto – Guto Requena – Fonte: Folha de S.Paulo – 24/03/13.
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MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
DITO E FEITO: MORENO
Palavra tem relação com a Mauritânia e dela deriva o nome próprio Mauro.
Moreno vem de mouro – nome que os espanhóis e outros europeus davam aos habitantes de todo o norte da África, excluindo o Egito. Reinos Islâmicos desses povos dominaram a Península Ibérica entre os séculos 8 e 15, de forma que mouros eram uma visão bastante comum em Portugal e na Espanha medievais. Os habitantes da região eram de ao menos três perfis étnicos: berberes, árabes e negros, ou qualquer mistura entre eles. O nome mouro, por sua vez, vem de Mauritânia, que era como os antigos romanos e gregos chamavam a região que estava entre a Argélia e o Marrocos, por causa de uma extinta tribo berbere chamada Mauri. Daí deriva também o nome do país atual, que fica ao sul do lugar que os romanos chamavam Mauritânia – e também o nome Mauro, para quem nascia na região. A elite cristã de Portugal e da Espanha, que reconquistou a Península Ibérica entre os séculos 9 e 15, descendia dos visigodos, um povo germânico que se estabeleceu na região na época das invasões bárbaras do Império Romano. Assim, uma aparência mais escura, de pele ou cabelo, era relacionada aos mouros. As pessoas com essas características foram chamadas de “morenos”, cujo sentido era bastante pejorativo em sua origem. Nos séculos 15 e 16, ser considerado descendente de mouros (ou de judeus, que também tinham a pele mais escura) fechava quase todas as possibilidades de ascensão social em Portugal e na Espanha – e podia significar até ser perseguido pela Inquisição;
Fonte: Aventuras na História (http://www.facebook.com/aventurasnahistoria?ref=ts&fref=ts)– Edição 116.
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